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30/08/2014

[Compacto] Reveja as quatro primeiras entrevistas de quem Já foi para...

Ficou com vontade de ler mas não teve tempo para tudo? Selecionei os melhores momentos das quatro primeiras entrevistas para o Já fui para... . Dá uma olhada:



Bibiana Copetti, 21 anos - Já fui para a Índia

  • Todo mundo se depara com um vazio existencial na vida. Um dia você acorda e não está satisfeito, as coisas começam a incomodar, você fica entediado. Algumas pessoas começam a academia, outras cortam o cabelo, outras compram roupas... eu viajo!!!
  • Eles (os indianos) não veem o tempo como algo linear, mas sim como algo circular, o que tem a ver com a religião também. Algo como “se eu vou reencarnar pra sempre, eu tenho todo o tempo do mundo. Então o que são 5 minutos?”.
  • Não existem supermercados na Índia! Os supermercados que existem são caros porque são de produtos importados, são feitos para estrangeiros que moram na Índia. Eles não têm cultura de supermercado. Verduras você compra do cara da verdura que passa todos os dias na sua rua de manhã. Aí tem o cara das frutas que passa todos os dias de tarde. E aí perto de casa sempre tem vários bolichos, mas não são como mercados que você vai e acha tudo o que precisa no mesmo lugar.
  • O jeito que eles se relacionam com o lixo é muito estranho. O lixo é uma coisa ruim, uma coisa em putrefação, então não é todo mundo que pode tocar nele. Sim, existe o negócio das castas. É proibido por lei, mas existe. E eles não falam, mas quem está nos piores empregos são os dalits. Na maioria dos lugares na Índia não existe coleta de lixo provida pelo governo. Caminhão de lixo não existe. O que existe é um cara, que a gente paga por mês, algo como uns R$20, e ele tira o nosso lixo. Para onde ele leva, eu não sei.  Ninguém sabe!
  • Todo mundo fala “não entra no Ganges, porque é poluído”, só que é um rio enorme, que atravessa metade da Índia, e ele não é poluído em todas as partes. Rishikesh é mais ao norte, é o portão dos Himalaias e é onde o Ganges nasce, então lá ele é limpo. Então eu nadei no Ganges, e foi uma experiência sensacional! 

Link para a entrevista completa: Já fui para a Índia

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Vanessa, 27 anos - Já fui para o Marrocos

  • Eu viajo por curiosidade de conhecer novos lugares, por vontade de sair da minha zona de conforto. Eu viajo para conhecer outras culturas, para visitar lugares históricos que só conhecia através de livros, para provar outras comidas. Conhecer a culinária local é algo que eu não abro mão quando viajo.
  • Eu gostei muito de uma praça de Marrakech chamada Djemaa el-Fna. Ela é Patrimônio Imaterial da UNESCO. Nesta praça ficam os encantadores de serpentes, adestradores de macacos, as odaliscas e outros artistas. Lá tem barraquinhas com muitos tipos de comida diferentes, suco de laranja...  Também gostei muito dos mercados de rua chamados Souks que vendem de tudo: temperos, tecidos, luminárias, comidas, instrumentos musicais... Eram vários labirintos, com vários setores pelos quais você vai passando. Gostei muito da praça e destes mercados.
  • Algo que eu não sabia, já que não conhecia muita coisa da cultura marroquina antes de chegar no país, é que umas cinco vezes por dia é proferida uma prece na Medina, em um alto-falante, que pode ser ouvida pelas pessoas em qualquer lugar. As pessoas que estão na rua, por exemplo, param para rezar. Às vezes toca às 4h da manhã. Na primeira vez que tocou depois que chegamos nós acordamos apavoradas! Como estávamos hospedadas muito perto de uma Medina, o som era muito alto, e não sabíamos o que aquele cântico significava. Nós já tínhamos lido algo a respeito, mas até então não sabíamos como era.
  • Você sabe o que é palíndromo? São aquelas palavras que lidas da direita para a esquerda formam a mesma palavra que quando lidas da esquerda para a direita. Um dos mais famosos da língua portuguesa é o "Socorram-me, subi no ônibus em Marrocos”. Nós vivemos este palíndromo!!! (Risos).

Link para a entrevista completa: Já fui para o Marrocos

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Vanessa, 27 anos - Já fui para a Itália

  • Eu gostei muito da minha experiência como estudante em Verona. Gostei muito da faculdade, das aulas e da experiência de morar em uma cidade universitária e conhecer outros intercambistas. Eu gostava que em Verona, por ser uma cidade plana, eu me locomovia basicamente de bicicleta. Também gostei da minha experiência de trabalho como barista. Além disso, pelo fato de estar na Europa, eu pude viajar a um custo baixo e conhecer vários lugares e pessoas.
  • Em Verona no verão tem muitos eventos, a cidade em si é bastante artística. Tem a Arena de Verona que é como se fosse o pequeno coliseu onde acontecem as óperas. Eu nunca achei que eu fosse gostar de ópera, mas achei lindo demais! Gostei muito da história por trás das óperas. Não conhecia estes aspectos de Verona. Eu sabia que era uma cidade turística, de Romeu e Julieta, então ela é romântica, bonita, mas não sabia que tinha tantas atividades culturais.
  • Verona tem alguns pontos principais e turísticos bem marcantes. Tem um trajeto comum de ser feito, como a casa da Julieta, a Piazza delle Erbe onde tem um mercadinho, aí segue até a Arena, aí tem a Praça Bra, onde tem vários restaurantes. É fácil de se achar. Depois dali você chega à estação central de trem. Com um mapa é tranquilo. Veneza já é mais difícil, acho que 80% das pessoas que vão para lá se perdem. São muitas ruelas, mesmo pedindo informação para as pessoas na rua é difícil. Mas, na verdade, a graça de ir para Veneza é a se perder em Veneza!

Link para a entrevista completa: Já fui para a Itália

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Claudia Bach, 26 anos - Já fui para a Alemanha

  • Possuo o passaporte alemão e minha família materna é de origem alemã (imigraram para o Brasil depois da segunda guerra mundial). Recebi uma oferta de emprego na minha cidade no Brasil mas eu sabia que se eu não fosse naquele momento para o exterior, eu provavelmente não iria conseguir ir mais. Então recusei a oferta, planejei a viagem e na cara e na coragem eu vim para Berlim.
  • O início não foi fácil. Você é testado diariamente quando chega em um país desconhecido. Desde o momento de encontrar uma moradia até o momento de finalmente estar empregada no país. É um teste eterno de humildade e perseverança.
  • Em sua grande maioria, as pessoas aqui em Berlim são muito queridas. É claro que existe a famosa “BerlinerSchnauzer”, que basicamente significa a boca berlinense (que poderá não ser muito simpática). Tudo é questão de se acostumar ao jeito dos habitantes locais.
  • Em sua grande maioria, a Alemanha respira e respeita sua história e procura diariamente mostrar o quanto aprendeu com seus erros no passado. O alemão odeia o estereótipo criado e procura até os dias de hoje a quebrar esse paradigma.  Um exemplo prático: Não existe uma palavra para raça e em nenhum formulário vão perguntar a qual raça você pertence.

Link para a entrevista completa: Já fui para a Alemanha


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