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21/08/2014

Já fui para a Romênia

A viajante de hoje aventurou-se na Romênia e nos conta suas impressões sobre este país cercado de belezas naturais e de alguns mistérios. Bun venit în România!

Brașov


1- Quem é você?
Meu nome é Natalia Alves, tenho 24 anos e sou formada em Relações Internacionais.

2- Por que você viaja?
Pela curiosidade de conhecer novos idiomas, por poder conhecer culturas diferentes, formas de pensar diferentes, assim como lugares e pessoas diferentes.

3- Por que você escolheu a Romênia?
Eu demorei bastante para escolher o intercâmbio. A princípio eu tinha várias possibilidades de escolha e poderia ir para outros lugares. Fui pela AIESEC, que tem escritórios da organização em vários países. Eu filtrei primeiramente pela questão da facilidade para obter o visto, depois por continentes e pelas minhas possibilidades, tanto pela questão financeira quanto pelo interesse no deslocamento geográfico maior ou menor. Por fim, avaliei os projetos que me eram oferecidos, e de todos o Global Kindergarden da Romênia foi o que mais me chamou a atenção, pelo projeto que era desenvolvido. E foi assim que eu escolhi, mas nunca tinha imaginado que iria para a Romênia. E de todos os países que eu tinha selecionado, foi onde eu fui parar. Mas foi a melhor escolha que eu poderia ter feito.

Parque em Craiova
4- Qual a maior dificuldade que você teve?
A viagem de ida para lá. Na Romênia, por mais que seja um país europeu, as pessoas não falam inglês ou não fazem questão de entender o que você fala. A língua romena é totalmente diferente. Nós conseguimos entender algumas coisas por ser uma língua latina, mas não conseguimos falar. Quando eu cheguei em Bucareste me falaram bastante para ter cuidado, em especial com ciganos.  Os romenos são bastante desconfiados, e por eu não conhecer tanto sobre o país antes de chegar, considero que a ida foi onde eu tive mais dificuldade.

5- O que você mais gostou?
Tudo. Craiova, a cidade onde morei na Romênia, é relativamente pequena comparada à cidade onde eu moro. E só pelo fato de ser uma cidade diferente, com uma cultura diferente, já passa aquela sensação boa que a gente sente quando viaja. A curiosidade fala bem mais alto. Quando os outros intercambistas e eu chegamos lá, não sabíamos como seria, não conhecíamos nada. Então conhecemos os intercambistas de outros projetos, começamos a planejar viagens, e a troca cultural que tivemos foi muito boa.

6- O que você não imaginava que iria encontrar/acontecer neste país, mas você encontrou/aconteceu?
Acho que em relação às pessoas. Por mais que eu já soubesse que dividiria o apartamento com outras pessoas, eu não tinha noção de como seria. Você realmente entende o quão diverso um intercâmbio pode ser quando cada um está em um lugar da casa falando uma língua diferente. Eu realmente não esperava que seria assim, e foi muito bom. Uma questão mais chata foi em relação às diferenças em relação aos hábitos de higiene deles, mas não foi uma questão tão complicada de contornar.

Estação de Esqui perto de Craiova
7- E quanto à cultura, foi difícil de se acostumar?
À princípio estranhei o fato de as pessoas serem mais reservadas, até um pouco frias, diferente do comportamento dos brasileiros. Mas a gente se adapta rápido, e quando eles passam a lhe conhecer melhor a relação já é diferente, eles se tornam mais abertos.

8- Como são as pessoas?
Como nós lidamos na maior parte do tempo com o pessoal da AIESEC, foi uma relação diferente. Querendo ou não, são pessoas que falam inglês, o que tornava a comunicação entre todos mais fácil. E também são pessoas mais abertas, mais receptivas, já que lidam com intercambistas de vários países e com a diversidade cultural que eles trazem o tempo todo. Mas de modo geral é como eu falei anteriormente, depois que as pessoas passam a lhe conhecer elas se tornam mais abertas.

9- Você já viajou para outros lugares dentro da Romênia? Alguma sugestão? Você tem algo fora dos roteiros tradicionais para sugerir?
Sim, mas não tanto quanto gostaria. Tínhamos pouco tempo devido ao trabalho com o qual estávamos envolvidos lá, então sobrava o fim de semana, que aproveitávamos ao máximo. A primeira escolha unanime foi a Transilvânia e o Castelo de Bran, inspiração do autor de Drácula. Foi uma experiência única e fantástica, que com certeza quero repetir. Também fomos a cidadezinhas turísticas chamadas Brașov e Ranca. Na Romênia há vários castelos e cidades turísticas, vale a pena conhecer. 

Visão da cidade de Bran de dentro do Castelo de Bran
10 - É um lugar fácil para alguém que não conhece se achar?
Sim e não. Diria “não” pela questão do idioma pois, ainda que seja um país Europeu, o idioma Romeno é predominante e poucos compreendem o inglês. Mas depois que você inicia a viagem e começa a conhecer cada cantinho de lá, fica fácil de se achar, é um país que vale muito a pena conhecer

11 - Você teve alguma surpresa em relação ao país? Algo que tu sempre achou que fosse de um jeito e quando chegou lá viu que era de outro?
Em relação a Romênia não. Honestamente eu não sabia o que esperar. Estava bem ansiosa, nervosa e curiosa, mas também bastante cautelosa em relação à viagem de ida. Para mim tudo era desconhecido; Em viagens assim, é extremamente importante que você tenha em mente que terá que se adaptar à nova cultura em questão e deve  ir com a mente aberta ao novo. O idioma, a arquitetura, a comida e o dia a dia foram para mim experiências fantásticas.
  
12 - O que os brasileiros precisam para viajar para a Romênia? (visto, vacinas...)
Não há necessidade de vistos para brasileiros até 90 dias. Quando fui não precisei fazer nenhum tipo de vacina. A moeda romena é o Leu, e sua cotação é de aproximadamente R$ 0,65 o Leu.


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