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31/07/2014

Já fui para a Alemanha


Hoje é dia de Já fui para...! E a viajante de hoje nos manda o seu relato diretamente de Berlim, na Alemanha. Willkommen in Deutschland!!!


Quem é você?
Claudia Bach, 26 anos. Sou formada em Administração e Relações Públicas e tenho Mestrado em Engenharia de Produção. Vim para Berlim há 07 meses sem muito planejamento. Vim para ver o que essa cidade me ofereceria. Realmente é uma aventura sair da sua zona de conforto mas é um sentimento libertador que permite um conhecimento muito grande sobre si mesmo.

Por que você viaja?
Sou apaixonada por história, vivenciar novas culturas e aprender novas línguas.

Por que você escolheu a Alemanha? E porque Berlim?
Possuo o passaporte alemão e minha família materna é de origem alemã (imigraram para o Brasil depois da segunda guerra mundial). Recebi uma oferta de emprego na minha cidade no Brasil mas eu sabia que se eu não fosse naquele momento para o exterior, eu provavelmente não iria conseguir ir mais. Então recusei a oferta, planejei a viagem e na cara e na coragem eu vim para Berlim.


Qual a maior dificuldade que você teve até agora?
 O início não foi fácil. Você é testado diariamente quando chega em um país desconhecido. Desde o momento de encontrar uma moradia até o momento de finalmente estar empregada no país. É um teste eterno de humildade e perseverança.

O que você mais gostou até agora?
A segurança pública. É incrível como me sinto segura aqui. Saio do trabalho tarde da noite e não há problema eu pegar o metrô e andar a pé até o meu apartamento.

O que você não imaginava que iria encontrar/acontecer neste país, mas você encontrou/aconteceu?
Algo que me chamou a atenção é o saudosismo que ainda ocorre aqui. Um país tão desenvolvido como a Alemanha ainda possui formas bem burocráticas para o requerimento de documentos, por exemplo. Enquanto no Brasil eu posso, em menos de 5 minutos, retirar o documento online, aqui eu preciso ir pessoalmente fazer o requerimento e o documento é enviado por correio posteriormente. O que também me chamou atenção é que você pode, na maioria das vezes, enviar o seu currículo para a empresa, via correio. 
Por último não esperava que aqui ainda fosse permitido fumar em lugares fechados. Por aqui é difícil encontrar alguém (principalmente jovem) que não fume. 

E quanto à cultura, foi difícil de se acostumar?
 Em alguns momentos sim e em outros, não. O povo é mais fechado e é claro que a saudade bate do jeito descontraído do brasileiro.

Como são as pessoas?
Em sua grande maioria, as pessoas aqui em Berlim são muito queridas. É claro que existe a famosa “BerlinerSchnauzer”, que basicamente significa a boca berlinense (que poderá não ser muito simpática). Tudo é questão de se acostumar ao jeito dos habitantes locais.

Você já viajou para outros lugares dentro da Alemanha? Alguma sugestão? Você tem algo fora dos roteiros tradicionais para sugerir?
Até agora viajei muito pouco. Algumas cidades que sei que são lindíssimas (além de Berlim): Munique, Dresden, Potsdam, Bremen, Stuttgart e Hamburg. Existem diversas outras. A Alemanha em si é muito bonita e com certeza vale a pena vir visitar o país.

É um lugar fácil para alguém que não conhece se achar?
Com certeza. Toda estação de metro possui mapas que facilita (e muito) a localização. Existe também um grande número de pessoas que falam inglês e poderão ajudar quem está perdido e não fala a língua local.


Você teve alguma surpresa em relação ao país? Algo que tu sempre achou que fosse de um jeito e quando chegou lá viu que era de outro?
Aqui em Berlim se percebe uma influência muito grande da cultura turca. Algo que me surpreendeu foi ao perceber o “ritual” nas ruas quando passa um carro de recém-casados. O carro passa e um “buzinaço” começa. E divertido e engraçado.

Como os alemães vêem questões históricas, como o nazismo?
É algo que interfere na vida deles até hoje? Em sua grande maioria, a Alemanha respira e respeita sua história e procura diariamente mostrar o quanto aprendeu com seus erros no passado. O alemão odeia o estereótipo criado e procura até os dias de hoje a quebrar esse paradigma.  Um exemplo prático: Não existe uma palavra para raça e em nenhum formulário vão perguntar a qual raça você pertence.

Você tem alguma sugestão de livros/filmes para quem pensa em viajar para a Alemanha?
Um filme que eu indico muito é “A onda”. Retrata bem a questão da raiva dos jovens alemães com o passado histórico e a maneira que uma sociedade pode ser facilmente manipulável. 

A Claudia está organizando um blog para contar as experiências dela em Berlim. Assim que for ao ar eu posto o link aqui! ;)

Até a próxima!


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